terça-feira, 15 de outubro de 2024

LIÇÃO 03 04 TRIMESTRE 2024 AS PROMESSAS DE DEUS PARA A IGREJA

Introdução - Na sequência do estudo sobre as promessas de Deus, veremos que promessas Deus deu para a Igreja. - Deus fez promessas para a Igreja. 

I – A ORIGEM DA IGREJA - Na sequência do estudo das promessas de Deus, estudaremos hoje as promessas que Deus fez para a Igreja, um dos três povos existentes sobre a face da Terra sob a ótica divina (I Co.10:32). Quando a Igreja surgiu? Quando ela foi concebida?

- Pois bem, assim como a salvação estava prevista desde antes da fundação do mundo, de igual modo a igreja já estava estabelecida por Deus ainda antes que o mundo existisse.

- A Igreja foi o “…mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos Seus santos apóstolos e profetas, a saber, que os gentios são coerdeiros e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho. ” (Ef.3:4-6).

- Como afirma a Declaração de Fé das Assembleias de Deus: “…A igreja envolve um mistério que não foi revelado no Antigo Testamento, mas que foi manifesto aos santos na nova aliança [Ef.5:32; Cl.1:26,27] …” (DFAD XI, p.120).

- A igreja era o grande mistério de Cristo que só foi revelado pelo próprio Senhor quando fez a famosa “declaração de Cesareia”, quando afirmou que edificaria a Sua igreja e as portas do inferno não prevaleceriam contra ela (Mt.16:18).

- Parece-nos que havia como que uma senha do Pai ao Filho, para que Ele só revelasse este grande mistério quando o Pai revelasse a um homem que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo.

- Isto aconteceu em Cesareia de Filipe, que era uma cidade construída por Filipe, tetrarca da Itureia e da província de Traconites, filho de Herodes, o Grande (Lc.3:1), e que era um “abrigo idólatra” na terra de Israel, pois ali havia vários templos de diversas divindades, inclusive templos em homenagem aos dois primeiros imperadores romanos, César Augusto e Tibério.

- Neste local, onde havia culto a vários deuses, o Pai revela a Pedro que o único e verdadeiro Deus havia Se humanizado e era o Senhor Jesus e, então, diante de tal revelação, Cristo revela o mistério da Igreja, este povo que se formaria por intermédio do Deus feito homem.

- A igreja, portanto, é um projeto exclusivamente divino, concebido, executado e sustentado por Deus. É por isso que podemos ter a certeza, e a história tem demonstrado isto, que nada pode destruir a Igreja.

- Durante estes quase dois mil anos em que a igreja tem participado da história da humanidade, muitos homens poderosos se levantaram contra a Igreja, tentaram destruí-la e não foram poucas as vezes em que se proclamou que a Igreja estava vencida. No entanto, todos estes homens passaram, mas a Igreja se manteve de pé, vencedora, demonstrando que não se trata de obra humana, mas de algo que é divino e contra o qual todos os poderes das trevas não têm podido prevalecer.

OBS: Diante de tantos exemplos históricos, relatemos dois episódios elucidativos desta realidade. O imperador romano Juliano (331-363, imperador de 361 a 363) perseguiu impiedosamente os cristãos, depois que os cristãos já haviam sido reconhecidos por Roma, tendo ele mesmo abandonado o Cristianismo. Pouco antes de morrer, numa campanha militar em 363, é dito que exclamou em alta voz: “venceste, ó Galileu”. Na China comunista, os cristãos foram impiedosamente perseguidos e toda obra missionária naquele país foi impedida totalmente.

Com a abertura do regime a partir de 1979, pensou-se que o Cristianismo estaria dizimado naquele país e, para surpresa de todos, o número de cristãos no período difícil do governo de Mão-Tsé-Tung (1947-1979), dobrou naquele país. Ninguém pode prevalecer contra a igreja do Senhor Jesus!

- Concebida ainda antes da fundação do mundo, como primeiro momento da congregação de tudo em Cristo Jesus (Ef.1:10), a Igreja foi revelada por Jesus na famosa “declaração de Cesareia”. No entanto, somente teria existência própria a partir do instante em que Jesus subiu aos céus, assentando-Se à direita de Deus, visto que a igreja é “o corpo de Cristo”.

- Enquanto Jesus não ascendeu aos céus, não poderia haver uma verdadeira “igreja”, visto que Jesus ainda estava com os discípulos. A partir do instante, porém, em que ascendeu aos céus, passamos a ter a Igreja, Igreja que iniciaria a. Sua missão evangelizadora a partir da descida do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, ato inicial da dispensação da graça e de apresentação da Igreja ao mundo.

- Assim, podemos dizer que a Igreja começa efetivamente no dia de Pentecostes, visto que a Igreja nada mais é que “…a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pe.2:9) e isto só se deu a partir do dia de Pentecostes.

OBS: O fato de o início da atividade da Igreja ter se dado no dia de Pentecostes, não quer dizer que ela tenha sido inaugurada neste dia, como bem atesta o pastor Osmar José da Silva, cujo pensamento ora transcrevemos: ““…A Igreja de Jesus Cristo é composta de bilhões vezes bilhões de almas, uma multidão que homem algum jamais poderá calcular. Com certeza, a Igreja será inaugurada quando todos os remidos, de todos os tempos, juntamente com os santos que morreram desde o princípio da geração, e foram evangelizados por Cristo após a ressurreição, estiverem reunidos em número incalculável, liderados pelo Senhor Jesus Cristo, que irá adiante da grande multidão e nos apresentará ao Pai, dizendo: Hebreus 2.12:’…Eis-Me aqui, e aos filhos que Deus Me deu.’ Então haverá festa nos céus, todas as hostes celestiais se alegrarão juntamente com todos os seus servos.…” (SILVA, Osmar José da. Reflexões filosóficas de eternidade a eternidade, v.6, p.110).

- Há estudiosos que entendem que, no dia de Pentecostes, a Igreja nasceu, ou seja, veio à luz, mas que ela teria sido gerada no dia da crucifixão de Jesus, no Calvário, quando o Senhor foi traspassado por uma lança no lado, quando, então, jorrou sangue e água (Jo.19:34).

- Assim como Eva foi retirada do lado de Adão, entendem tais estudiosos que a Igreja é retirada do corpo de Cristo, pois, com este traspasse, tanto foram derramadas as últimas gotas do sangue de Jesus, o sangue que faz com que seja possível o surgimento deste novo povo de Deus (Ef.2:13,14), como se derramou água, sabendo que só quem é nascido da água e do Espírito pode entrar no reino de Deus (Jo.3:5).

OBS: Este escrito de um padre católico romano bem sintetiza este entendimento: “…O peito traspassado é o novo templo: dele jorra o Espírito e a vida, num movimento de subida e descida: a água e o sangue que escorrem do lado do Senhor geram a vida, e a vida retorna ao lado direito do Senhor. O templo deixa de ser um lugar para ser a morada eterna em espírito e em verdade (cf. Jo 4,25b). Do lado do primeiro Adão nasceu Eva, a mãe da vida que trouxe em si o germe da morte. Do lado aberto de Cristo, o novo Adão, nasce a Igreja, a nova Eva, mãe que gera filhos chamados à vida eterna”. (BESEN, José Artulino. O lado aberto, manancial de água viva.  Disponível em: https://pebesen.wordpress.com/2012/07/04/v-olado-aberto-manancial-de-agua-viva/ Acesso em 02 nov. 2023).

 - Agostinho (354-430) foi um dos que deu esta interpretação, “in verbis”: “…Por esta razão foi feita a primeira mulher do lado de Adão adormecido e o segundo Adão, inclinando a cabeça, dormiu na cruz para que fosse formada a Sua esposa e saísse de seu lado durante Seu sono. Ó morte, que aos mortos ressuscita! O que é mais puro que este sangue? O que é mais saudável que esta ferida? (Sobre João. In: AQUINO, Tomás de. Cátena áurea 13921.[ Citações de Jo.19:31-37. Jo.19:31. Disponível em: https://www.clerus.org/bibliaclerusonline/pt/index.htm Acesso em 02 nov. 2023) (tradução nossa de texto em espanhol).

- Esta geração se completa com a ressurreição de Cristo, quando, então, os discípulos recebem o Espírito Santo, na tarde do domingo da ressurreição (Jo.20:22), recebendo, pois, o selo que é decorrência da fé em Jesus, da entrada na graça (Jo.7:38,39; Ef.1:13; Rm.5:1,2).

- Assim como na formação do homem (Gn.2:7), a Igreja primeiro exsurge como um corpo inerte, no dia da crucifixão e recebe o sopro de vida na tarde do domingo da ressurreição.

- No dia de Pentecostes, então, ocorre o derramamento do Espírito Santo, o revestimento de poder, vindo à luz este novo povo que se revela, assim, em meio a todas as nações, como a Igreja de Cristo, a Igreja de Deus.

- O primeiro a se surpreender com a revelação da Igreja foi o diabo que, sem perder tempo, já procurou usar o mesmo Pedro, a quem o Pai havia revelado a identidade de Jesus, para tentar dissuadir o Senhor a realizar a obra salvífica para a qual havia sido enviado pelo Pai.

- Instantes depois que Jesus revela o mistério da Igreja e reafirma a Sua obra salvífica (esta já de conhecimento de Satanás pois fora objeto de profecias ao longo dos séculos), Pedro é usado pelo diabo para tentar despertar em Jesus uma autocompaixão (Mt.16:22). - Cristo Jesus, entretanto, repreende Satanás, dizendo que ele não entende as coisas de Deus, mas somente as dos homens (Mt.16:23). - Isto nos mostra, portanto, como a Igreja é de origem divina e não pode ser entendida racionalmente nem reduzida a parâmetros puramente humanos, como muitos intentaram fazer ao longo de toda a história desta dispensação.

- A Igreja é de Jesus, é Seu corpo, e, portanto, é dirigida por Cristo, cujos caminhos não são os nossos caminhos, nem os pensamentos, os nossos pensamentos (Is.55:8,9).

- Por isso, todos quantos quiseram reduzir a Igreja a uma instituição social, a uma empresa, a um império político, naufragaram em seus intentos e, por vezes, foram instrumentos diabólicos neste embate sempre presente entre a Igreja e Satanás, entre a Igreja e as portas do inferno.

- A Igreja apresenta-se, ao longo da história, como instituição social, como empresa, como império político, mas jamais se reduziu a estes aspectos e, por vezes, teve de enfrentar tais aspectos que se tornaram “antiIgreja”, mas sempre seguiu triunfante, amparada e dirigida pelo seu Mestre e Senhor, guiada pelo Espírito Santo, o verdadeiro Vigário de Cristo, ou seja, o “outro Consolador” que veio ficar ao lado da Igreja enquanto Jesus não volta para buscá-la (Jo.14:16-18,26; 16:7).

II – AS PROMESSAS DE DEUS PARA A IGREJA - Verificada qual a origem da Igreja e seu papel espiritual, vejamos amiúde que promessas o Senhor reservou para este povo

- A primeira promessa para a Igreja foi dada no instante mesmo da revelação deste mistério divino. O Senhor prometeu edificar a Sua Igreja, ou seja, Deus mostrou aos homens que a Igreja seria um edifício, uma construção Sua, ou seja, algo formado, planejado e sustentado por Ele próprio. - Assim, o Senhor mostra que é ele quem mantém a Igreja, quem a preserva, quem a protege, quem a ampara, nada podendo, pois, fazer, seja os homens, sejam o diabo e seus anjos, para obstar, barrar ou impedir a marcha deste povo de Deus na sua missão que, como diz mui propriamente, a Declaração de Fé das Assembleias de Deus, “in verbis”: “… Entendemos que a função primordial da Igreja é glorificar a Deus: ‘quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus’ (I Co.10:31). Isso é feito por meio da adoração, da evangelização, da edificação de seus membros e do trabalho social.…” (DFAD, XI.6, p.122).

- A Igreja é um organismo vivo, pois é o “corpo de Cristo”, um edifício que tem Jesus como pedra principal, como fundamento e que vai crescendo, seguindo a verdade em amor, num corpo bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, partes que são “pedras vivas”, produzindo o aumento do corpo para sua edificação em amor (Ef.4:15,16; I Pe.3:4-10).

- Ao prometer que quem faz a edificação é o Senhor Jesus, temos a certeza de que a Igreja cresce e aumenta por ação do próprio Cristo e, como tal, a Igreja jamais deixará de ser o povo de Deus e que ninguém poderá impedi-la de chegar às mansões celestiais.

- Por isso, em meio aos escândalos, à apostasia e frieza espirituais, que caracterizam os dias em que vivemos, dias imediatamente anteriores ao arrebatamento da Igreja (Mt.24:4-13), não podemos nos escandalizar, nem mesmo desfalecer os nossos ânimos, mas, sim, ter a necessária visão espiritual para saber que, apesar de tudo, nada pode deter a marcha da Igreja rumo aos céus, pois a Igreja é edificada pelo Senhor Jesus, Aquele que venceu o mundo. O que devemos fazer é tão somente sermos ramos d’Ele, que é a videira verdadeira e, deste modo, continuarmos a frutificar (Jo.15:1,2).

- A segunda promessa dada às Igreja encontra-se nesta mesma declaração de revelação do mistério divino: “as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt.16:18), ou seja, a promessa da vitória, do triunfo sobre o mal. - Temos aqui como que um corolário, ou seja, uma consequência da primeira promessa. Se a Igreja é edificada por Jesus, que venceu o mundo e o pecado (Jo.16:33; Ap.5:5)), evidentemente os poderes das trevas não podem prevalecer contra ela.

- Esta promessa dada por Jesus, que garante o triunfo da Igreja sobre os seus inimigos, muito bem identificados pela Declaração de Fé das Assembleias de Deus, “in verbis”: “…A Igreja atuante é aquela que ainda milita na terra, formada por todos aqueles que seguem a Cristo, lutam contra a carne, o mundo, o diabo, o pecado e a morte.” [Ef.6:12] …” (DFAD XI.4, p.121). - A expressão “portas do inferno”, dizem os estudiosos, fazia referência a uma caverna situada no sopé do monte Hermom, onde havia, inclusive, um templo para o deus grego Pã, que se considerada a “entrada do mundo dos mortos”, daí porque o texto grego falar em “portas do Hades”. Esta expressão remete-nos à expressão do escritor aos hebreus, que diz que o diabo tem “o império da morte” (Hb.2:14).

- Há, portanto, uma promessa divina que a Igreja, embora venha a ser tenazmente atacada e hostilizada pelas forças malignas (diabo, mundo, carne, pecado e morte), ela jamais será vencida, mas triunfará em Cristo (II Co.2:14), daí porque o apóstolo Paulo ter dito que a Igreja é mais do que vencedora por Aquele que a amou (Rm.8:37).

- Bem por isso, ao lado da Igreja atuante, existe a Igreja triunfante, assim definida pela Declaração de Fé das Assembleias de Deus, “in verbis”: “…A Igreja triunfante é constituída dos irmãos que já partiram deste mundo, tendo vencido todos os seus inimigos e que agora estão com o Senhor Jesus. Eles e nós pertencemos à mesma Igreja: ‘do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome’ (Ef.;3:15).

- A Igreja triunfante começou a existir no dia mesmo de sua concepção, no Calvário, pois o ladrão arrependido foi direto para o Paraíso e não mais para o Hades, pois “as portas do Hades não prevalecerão contra ela”. Isto se confirmou, depois, na morte de Estêvão, quando o primeiro mártir pôde ver e anunciar que o Senhor Jesus já o esperava. Aleluia!

- A terceira promessa dada para a Igreja é a morada nos céus. O Senhor Jesus disse aos discípulos que, se Ele fosse para o céu, Ele voltaria para levá-los para morar na casa do Pai (Jo.14:1-3). É o que se costuma chamar de promessa de entrada no céu.

- Jesus afirmou que na casa do Seu Pai havia muitas moradas e temos, então, uma das mais precisas definições a respeito do que é o céu. O céu é a habitação de Deus, o lugar onde Deus habita, onde Deus mora (Dt.26:15; I Rs.8:30,39,49; II Cr.6:21,30,33,39; Is.63:15). Evidentemente, que Deus é onipresente e que, portanto, Ele está em todo o lugar, ao mesmo tempo, não havendo um local específico onde esteja (daí porque ter o sábio Salomão ter dito que nem os céus nem mesmo os céus dos céus podem conter o Senhor – II Cr.2:6), mas há uma dimensão, há um lugar onde Deus habita, onde está o assento de Sua habitação, isto é, um lugar onde a presença do Senhor é toda especial, onde o Senhor Se apresenta como um íntimo companheiro, um Ser extremamente próximo, onde se percebe toda a Sua glória, onde há uma intimidade, onde é possível desfrutar da Sua privacidade, da Sua comunhão. Este lugar é o céu, onde Deus habita e onde habitará com o Seu povo (Ap.21:3).

- O céu é a morada de Deus, ou seja, o local onde o Senhor está presente na plenitude de Sua glória, um local “fixado”, “estabelecido” (sendo este o significado da palavra hebraica “makown”- מכוז, que é traduzida por “assento”) para que Ele Se revele tal como Ele é e não apenas pela expressão da Suas obras, como o que ocorre com o Universo (Rm.1:20); não apenas pela expressão de Seu caráter, seja por intermédio da consciência no homem, seja através da lei (Rm.2:2:14,15,17,18); não apenas pelo Filho, a expressa imagem da Sua pessoa (Hb.1:1-3), que habitou entre nós, fazendo-Se carne (Jo.1:14).

- Jesus afirmou que o céu, a casa do Seu Pai, era um lugar de muitas moradas, ali existentes desde antes da fundação do mundo, moradas estas, porém, que não poderiam ser ocupadas pelos homens, em virtude do pecado. Feito para habitar com o seu Criador, o homem foi posto no Éden, que se situava na terra, mas pecou, não podendo mais conviver com o Senhor. Entretanto, Deus, na Sua misericórdia e bondade, prometeu a este homem fracassado que seria restabelecida a amizade com Deus, que haveria a salvação e esta salvação traria, por paradoxal que possa parecer (pois Deus escolheu as coisas que não são para aniquilar as que são – I Co.1:28), um aperfeiçoamento, pois, em vez de morar na terra que foi amaldiçoada por causa do pecado (Gn.3:17), o ser humano receberia algo melhor, a possibilidade de morar no céu, na cidade celestial (Fp.3:20,21; Hb.11:40).

- Apesar de no céu haver moradas, não havia lugar para o homem. A existência das moradas não significava a existência de lugar para o homem. Quantas casas há, por exemplo, no Brasil, um dos países onde há um dos maiores déficits habitacionais do mundo, e, mesmo assim, são aos milhões os “sem-teto”? Isto ocorre porque, embora haja moradas, casas desocupadas, as pessoas “sem-teto” não podem entrar nestas habitações, porque não pagaram o preço de sua aquisição, porque não têm condições para adquirir as propriedades. Há, pois, moradas, mas não há lugar para estas pessoas.

- Assim era a situação do homem antes que Jesus providenciasse lugar para nós no céu: havia, na casa do Pai, morada, mas não havia lugar. O homem, dominado pelo pecado, não tinha como conviver com seu Criador, não tinha como adquirir o direito de habitar com Deus, mas condenado estava a viver eternamente separado dEle. Apesar das muitas moradas existentes no céu, para o homem não havia lugar. - Entretanto, Jesus prometeu que nos iria preparar lugar (Jo.14:2). Prometeu e cumpriu. Aleluia! Ao morrer por nós na cruz do Calvário, ao pagar o preço da redenção de nossas almas, o Senhor Jesus conquistou lugar para nós na casa de Seu Pai. Mediante o Seu sangue vertido por nós, pelos nossos pecados, podemos, agora, entrar na cidade santa, na habitação de Deus, no céu. Por isso, só os que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro têm o direito de entrar na cidade pelas portas (Ap.22:14).

- A promessa de Jesus foi clara: se Ele nos preparasse lugar, voltaria para nos buscar e nos levaria para Ele mesmo para que onde Ele estivesse, nós estivéssemos também. Ora, Jesus morreu e ressuscitou e subiu ao céu, assentando-Se à direita do Pai (Mc.16:19; At.1:9; 7:56), de modo que não temos porque duvidar que Ele voltará a fim de nos levar para onde Ele já está, ou seja, no céu, à direita do Pai, como, aliás, reafirmou quando Se apresentou vitorioso ao apóstolo João na ilha de Patmos (Ap.3:21).

- A promessa de entrada no céu é uma promessa dirigida ao povo de Deus. Somente entrarão no céu aqueles que creram em Jesus como o Salvador do mundo. Isto fica evidente pelo fato de Jesus ter feito a promessa apenas para os Seus discípulos, bem como pelo fato de que somente os salvos, aqueles que tiverem suas vestes lavadas no sangue do Cordeiro, poderem entrar na cidade santa pelas portas. É uma promessa para os salvos, salvos estes que não abrangem apenas a Igreja, mas também, como é claro o escritor aos hebreus (Hb.11:39,40), a todos quantos creram no Messias, mesmo antes de Sua vinda terrena, assim como também os que forem salvos após o arrebatamento da Igreja, seja na Grande Tribulação, seja no Milênio.

- A promessa de entrada no céu é uma promessa condicional, ou seja, somente serão levados para o céu aqueles que tiverem suas vestiduras lavadas no sangue do Cordeiro. O apóstolo Paulo é claro ao dizer que a “nossa cidade está nos céus de onde esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp.3:20), ou seja, para que alguém entre no céu é preciso que tenha sido salvo por Jesus e a salvação, como já tivemos oportunidade de estudar neste trimestre, somente se alcança mediante a fé em Jesus (Rm.5:1; Ef.2:8). A propósito, logo após ter prometido levar os Seus discípulos para o céu, Jesus mostrou que Ele é o caminho através do qual se chega até o Pai (Jo.14:6).

- Firmado nesta promessa, o apóstolo Paulo disse que seu alvo era a ressurreição dos mortos, ou seja, a glorificação, como também que esperava a cidade celestial, quando seu corpo abatido se tornaria um corpo glorioso (Fp.3:11,20,21).

- Jesus prometeu que a Igreja irá morar no céu, na Jerusalém celestial, vivendo para sempre com Ele.

 - Diante desta promessa, entende-se porque Paulo disse que quem espera em Cristo somente nesta vida é o mais miserável de todos os homens (I Co.15:19) e que os que só pensam nas coisas terrenas são inimigos da cruz de Cristo (Fp.3:18,19).

- Lamentavelmente, nos dias em que vivemos, são muitos que, embora se dizentes cristãos, não têm a expectativa de morar no céu, querem apenas Cristo para as coisas da vida terrena. Que Deus nos guarde!

- A quarta promessa dada à Igreja é a do revestimento do poder. Antes de subir aos céus, Senhor Jesus mandou aos discípulos que ficassem em Jerusalém até que fossem revestidos de poder do alto (Lc.24:49). - A promessa do revestimento de poder ou do batismo no Espírito Santo é, nitidamente, uma promessa reservada para a Igreja, peculiar a este povo adquirido por Jesus Cristo para anunciar as Suas virtudes (I Pe.2:9,10).

- Com efeito, o próprio Senhor Jesus, ao anunciar a “promessa do Pai”, circunscreveu esta promessa tão somente para os salvos, para aqueles que n’Ele cressem como único e suficiente Senhor e Salvador, como podemos verificar de textos como Lc. 11:13; 24:48,49; Jo.14:16,17 e At.1:4,5. Em Lc.11:13, Jesus afirma que o Espírito Santo será dado aos filhos que lh’O pedirem ao Pai celestial. Ora, claramente se indica que a doação do Espírito Santo é algo restrito para os filhos e somente é filho de Deus aquele que creu em Jesus (Jo.1:12).

- Em Lc.24:48,49, Jesus Se dirige aos Seus discípulos, às Suas testemunhas, dizendo que eles deveriam ficar em Jerusalém até que fossem revestidos de poder do alto, a todos quantos O haviam acompanhado em todo o Seu ministério terreno, sendo treinados para que se fizesse a pregação do nome de Jesus, do arrependimento e da remissão dos pecados em todas as nações, começando por Jerusalém.

- Ora, estes que devem pregar o Evangelho não são senão os salvos na pessoa de Jesus Cristo, a Igreja edificada pelo Senhor (Mt.16:18), o povo adquirido, a nação santa (I Pe.2:9,10). Esta mesma ideia, Lucas repete ao relatar as últimas instruções de Jesus aos discípulos antes da ascensão, em At. 1:4,5.

- Nesta passagem, aliás, é interessante observar que, ao indagarem os discípulos a respeito de Israel, o Senhor fez uma nítida distinção entre a Igreja e Israel (At.1:6,7), deixando bem claro, assim, que o batismo no Espírito Santo era algo peculiar à Igreja, à sua dispensação, que se iniciaria no dia de Pentecostes.

- Por fim, em Jo.14:16,17, temos o Senhor Jesus ensinando aos discípulos que rogaria ao Pai para que fosse enviado outro Consolador, que o mundo não vê nem conhece, indicando, claramente, que a presença do Espírito Santo e as Suas operações seriam feitas para a Igreja, não para o mundo, que nada tinha com o Senhor (Jo.14:30).

- Ao anunciar que os discípulos deveriam aguardar o revestimento de poder, Jesus não fez qualquer restrição a respeito de quem deveria aguardar o batismo com o Espírito Santo. "Ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até do que do alto sejais revestidos de poder" (Lc.24:49), foram as palavras proferidas pelo Senhor, palavras estas que foram ditas, segundo nos dá conta o apóstolo Paulo, há mais de quinhentos crentes, que o ouviam no monte das Oliveiras, neste seu último discurso antes de ascender os céus (cfr. I Co.15:6; At.1:12; Lc.24:50,51).

- Assim, a promessa foi feita para todos quantos criam em Jesus e professavam Seu nome naquele tempo, ou seja, a toda a igreja então existente. Em Lc.11:13, Jesus afirma que o Espírito Santo será dado aos filhos que lh’O pedirem ao Pai celestial. Ora, claramente se indica que a doação do Espírito Santo é algo restrito para os filhos e somente é filho de Deus aquele que creu em Jesus (Jo.1:12).

- Em Lc.24:48,49, Jesus Se dirige aos Seus discípulos, às Suas testemunhas, dizendo que eles deveriam ficar em Jerusalém até que fossem revestidos de poder do alto, a todos quantos O haviam acompanhado em todo o Seu ministério terreno, sendo treinados para que se fizesse a pregação do nome de Jesus, do arrependimento e da remissão dos pecados em todas as nações, começando por Jerusalém.

- Ora, estes que devem pregar o Evangelho não são senão os salvos na pessoa de Jesus Cristo, a Igreja edificada pelo Senhor (Mt.16:18), o povo adquirido, a nação santa (I Pe.2:9,10). Esta mesma ideia, Lucas repete ao relatar as últimas instruções de Jesus aos discípulos antes da ascensão, em At. 1:4,5.

- Nesta passagem, aliás, é interessante observar que, ao indagarem os discípulos a respeito de Israel, o Senhor fez uma nítida distinção entre a Igreja e Israel (At.1:6,7), deixando bem claro, assim, que o batismo no Espírito Santo era algo peculiar à Igreja, à sua dispensação, que se iniciaria no dia de Pentecostes.

- Por fim, em Jo.14:16,17, temos o Senhor Jesus ensinando aos discípulos que rogaria ao Pai para que fosse enviado outro Consolador, que o mundo não vê nem conhece, indicando, claramente, que a presença do Espírito Santo e as Suas operações seriam feitas para a Igreja, não para o mundo, que nada tinha com o Senhor (Jo.14:30).

- Ao anunciar que os discípulos deveriam aguardar o revestimento de poder, Jesus não fez qualquer restrição a respeito de quem deveria aguardar o batismo com o Espírito Santo. "Ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até do que do alto sejais revestidos de poder" (Lc.24:49), foram as palavras proferidas pelo Senhor, palavras estas que foram ditas, segundo nos dá conta o apóstolo Paulo, há mais de quinhentos crentes, que o ouviam no monte das Oliveiras, neste seu último discurso antes de ascender os céus (cfr. I Co.15:6; At.1:12; Lc.24:50,51).

- Assim, a promessa foi feita para todos quantos criam em Jesus e professavam Seu nome naquele tempo, ou seja, a toda a igreja então existente. Isto nos mostra, de modo claro, que não havia qualquer restrição de Jesus, a quem quer que fosse, para que recebesse o batismo com o Espírito Santo, mas que, a exemplo do que acontecera com relação ao novo nascimento, também todos pudessem ter esta mesma experiência.

- Lamentavelmente, dos mais de quinhentos que ouviram a promessa, apenas quase cento e vinte perseveraram até o dia de Pentecostes (At.1:15) e, por isso, só estes, naquela oportunidade, foram revestidos de poder. - Entretanto, e isto é muito importante, tantos quantos perseveraram e creram nas palavras do Senhor, alcançaram a bênção, mesmo se não eram do colégio apostólico (então com onze integrantes, tendo sido escolhido Matias para complementação do número original), se eram homens ou mulheres (sim, mulheres também estavam entre os que foram batizados com o Espírito Santo, cfr. At.1:14), se eram crentes antigos (como os primitivos discípulos, como Pedro, João e André) ou se eram crentes recentemente convertidos (como os irmãos de Jesus, que se converteram apenas depois da ressurreição do Senhor, cfr. I Co.15:7). A vontade de Jesus é batizar a tantos quantos creiam na promessa e nela perseverem!

- Temos, pois, aqui uma condição para esta promessa, qual seja, a perseverança na oração e na súplica até que se dê o revestimento de poder. - A quinta promessa dada por Deus à Igreja é a de que sinais seguirão aos que crerem (Mt.16:17-18), sinais que são fartamente demonstrados nas Escrituras (At.2:43; 4:30; 5:12; 6:8; 8:6,13: 15:12; Rm.15:19; Hb.2:4). A Igreja é o “corpo de Cristo” (I Co.12:27) e, como tal, tem de dar continuidade ao que fez o “varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígio e sinais que Deus fez no meio de vós” (At.2:22), “o profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo” (Lc.24:19).

- Os sinais são a confirmação da pregação do Evangelho (Mc.16:20), a demonstração do Espírito e de poder (I Co.2:4).

- Temos aqui uma promessa dirigida única e exclusivamente para a Igreja, pois é dada “aos que creem”, mas, dentro do âmbito da membresia, é ela, a exemplo do revestimento de poder, alcançável por todos os que se dispuserem a cumprir a missão dada aos salvos.

- Esta promessa é condicional, porquanto os sinais “seguem aos que creem”, ou seja, necessária é uma perseverança na fé, um aumento contínuo da fé, que deve se desenvolver como o grão de mostarda que, sendo a menor das sementes, dá origem à maior das hortaliças (Mc.4:31,32; Lc.17:6).

- A sexta promessa dada por Deus à igreja é a da companhia do Espírito Santo. Nas suas últimas instruções aos discípulos, o Senhor Jesus prometeu que rogaria ao Pai para que Ele enviasse outro Consolador, que habitasse com os discípulos e estivesse com eles para sempre (Jo.14:16,17).

- A palavra “Consolador” é tradução da palavra grega “parakletos”, que significa “chamado para ficar ao lado”. Jesus prometeu, então, à Igreja que, enquanto ela estivesse peregrinando aqui na Terra, o Espírito Santo estaria ao seu lado, habitando com ela e estando nela.

- Ao longo da Sua exposição, Cristo explicou aos discípulos que esta companhia se daria para que a Igreja fosse ensinada por Ele (Jo.14:26), fosse lembrada por Ele das palavras de Jesus (Jo.14:26) e fossem guiados em toda a verdade por Ele (Jo.16:13).

- Temos aqui uma promessa incondicional, que independe de qualquer atitude da Igreja. Derramado sobre a Igreja no dia de Pentecoste, o Espírito Santo está na companhia da Igreja até o dia do arrebatamento.

- A sétima promessa é a de concessão de dons espirituais, para edificação, consolação e exortação dos salvos (I Co.12:1-11; 14:1-3).

- Os dons espirituais são distribuídos aos revestidos de poder na Igreja de acordo com a distribuição feita pelo Espírito Santo, visando, sempre, a edificação, a consolação e exortação dos membros da Igreja.

- Tanto os sinais quanto os dons espirituais são manifestações do poder divino na Igreja, indispensáveis não somente para que possa ela trinfar sobre o maligno, mas para que se comprove, aos olhos dos incrédulos, a presença de Deus e se demonstre a veracidade da oferta salvadora por intermédio de Jesus Cristo, a mensagem levada pela Igreja aos homens.

- Esta promessa é, também, condicional, pois, além de exigir previamente o revestimento de poder, exige duas coisas: o seguimento do amor e a procura zelosa pelos dons (I Co.14:1).

 - Para recebermos os dons espirituais, precisamos ter uma vida espiritual em que se tenha, já, o pleno domínio do amor de Deus em nossos corações, que já foi derramado quando de nossa salvação (Rm.5:5), mas que precisa ser seguido, ou seja, ser cultivado, reger toda a nossa conduta, fazendo-se produzir o fruto do Espírito, que nada mais é que desdobramento deste amor derramado em nós (Gl.5:22). Este fruto precisa ser permanente (Jo.15:16).

- Mas, além do seguimento do amor, devemos procurar com zelo os dons espirituais, ter a mesma determinação que tivemos para receber o batismo com o Espírito Santo, perseverando em oração para sermos aquinhoados com estas dádivas do Consolador, que os reparte entre os filhos de Deus.

- A oitava promessa dada à Igreja é a do arrebatamento, que é diferente da entrada no céu. Jesus não só prometeu fazer-nos moradores da cidade celestial, como também arrebatar a Igreja, retirá-la repentinamente da face da Terra para nos livrar da ira futura, da hora da tentação que há de vir sobre (I Ts.1:10; Ap.3:10).

- A promessa do arrebatamento da Igreja pode também ser chamada de promessa da segunda vinda de Cristo, desde que entendamos tal expressão dentro do contexto trazido pelo item 13 do Cremos da Declaração de Fé das Assembleias de Deus, “in verbis”: “[CREMOS] Na segunda vinda de Cristo, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a Sua Igreja antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a Sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (I Ts.4:16,17; I Co.15:>51-54; Ap.20:4; Zc.14:5; Jd.14)”.

- A promessa da segunda vinda de Cristo é a promessa mais repetida em o Novo Testamento. Por 318 vezes, esta promessa é lembrada no texto sagrado, o que mostra, claramente, que se trata da promessa mais importante para a Igreja, a razão de ser da sua própria fé. Paulo, na sua última epístola, mostra que era essa a sua esperança, tanto que diz que esperava a coroa que estava reservada não só a ele, mas a todos quantos amassem a vinda do Senhor (II Tm.4:8), a nos indicar, portanto, que o motivo do bom combate, da guarda da fé e da carreira até o fim era o amor à vinda de Jesus.

- Trata-se de uma promessa dirigida à Igreja. Com efeito, todas as vezes que o Senhor Jesus fala a respeito de sua vinda, mostra que se trata de uma promessa reservada para os Seus discípulos. No famoso sermão escatológico, o Seu maior sermão, vemos claramente que se trata de uma conversa entre Cristo e Seus discípulos (Mt.24:3; Lc.21:7), sendo nítido, em todo o sermão, que o Senhor traz uma mensagem à Igreja.

- Na parábola das dez virgens, também, vemos que Jesus Se identifica com o noivo, a nos mostrar que se trata de uma promessa dirigida única e exclusivamente à noiva, que outra não é senão a Igreja (Ef.5:23; Ap.19:7; 21:9; 22:17). O apóstolo Paulo, mais de uma vez, também nos mostra que a promessa da volta de Cristo é algo reservado para a Igreja, em passagens como I Co.15:23, 52-58; Fp.3:20,21; I Ts.1:10; 5:9, tendo, no mesmo sentido, se manifestado tanto Tiago (Tg.5:7), Pedro (I Pe.1:4; II Pe.1:16; 3:9,10) e João (I Jo.2:18; 3:1-3).

- A promessa da vinda de Cristo, portanto, é uma promessa dirigida para a Igreja, considerando-se como “vinda de Cristo” o arrebatamento, a promessa que Jesus deixou dirigida aos Seus discípulos em meio a Suas últimas instruções, como se vê de Jo.14:1-3. O plano da salvação envolve a convivência eterna com o Senhor e, por isso, tem-se como necessária a vinda de Cristo para não só nos levar para junto d’Ele, mas também para premiar aqueles que n’Ele creram e que, por conseguinte, não merecem sofrer a ira divina que há de vir sobre a face da Terra.

 - A promessa da vinda de Cristo é uma promessa incondicional. Jesus diz “certamente cedo venho” (Ap.22:20) ou, ainda, “eis que cedo venho” (Ap.22:12), a mostrar que se trata de uma afirmação do Senhor que não depende de qualquer condição para que seja cumprida. Como diz o poeta sacro Justus H. Nelson, no hino 36 da Harpa Cristã, “Sua vinda é certa”, embora não saibamos quando. Jesus virá, estejamos preparados ou não, o que aumenta a nossa responsabilidade. Existem condições para sermos arrebatados, mas a promessa do arrebatamento é incondicional.

- Por fim, vemos que a promessa da vinda de Cristo, como toda promessa divina, tem um propósito espiritual. Além de ser uma promessa nitidamente espiritual, visto que dirigida para o povo santo, para o povo espiritual que é a Igreja (I Pe.2:9,10), tem-se que Jesus virá buscar a Sua Igreja a fim de que se possa derramar sobre a face da Terra a ira de Deus, o que não seria possível ante a presença de um povo justo e santo (Gn.18:23-26), bem como se possa cumprir a promessa das setenta semanas de Daniel com a redenção do povo de Israel (Dn.9:24-27), primeiro passo para o cumprimento das promessas messiânicas que ainda estão por cumprir.

- A nona promessa é a da perfeita unidade com Cristo e, por consequência, com a Triunidade Divina. Em Sua oração sacerdotal, Jesus, dirigindo-Se ao Pai, disse que todos os Seus discípulos seriam um, como Cristo é um com o Pai (Jo.17:21-23). - Esta unidade perfeita, já iniciada aqui na Terra, encontrará sua plenitude quando formos para o céu, pois ali haverá as bodas do Cordeiro (Ap.19:7-9), que é o “casamento” entre Cristo e a Igreja, quando se tornarão “um só” diante do Pai e, para sempre, estaremos com o Senhor.

Colaboração para o Portal Escola Dominical – Pr. Caramuru Afonso Francisco

FONTEPORTAL DA EBD

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