domingo, 22 de dezembro de 2024

CRUCIFICADO COM CRISTO GL.6.14

Introdução: No contexto escriturístico, cruz significa sacrifício. Fala também de abnegação, obediência e renúncia Lc.9.23. Os cristãos que seguem ao Senhor; imitam seu modo de vida e obedecem às suas ordens.  Notamos que Paulo não diz estar crucificado como Cristo, mas "com Cristo" Gl.2.20. Somos desafiados e tentados a descermos muitas vezes da cruz Mt.27.40, mas é exatamente nela que está o nosso triunfo Jo.1930. Somente pode gloriar-se na cruz de Cristo, quem está de fato crucificado com Ele Gl.6.14.

Vamos observar quatro lições que nos dá um crucificado:

          I.          O CRUCIFICADO NÃO TEM PODER SOBRE SI

a)    Não faz mais o que quer Rm.6.6-8.

b)    Está morto para o mundo Cl.3.3, Gl.2.20

c)     É nova criatura IICo.517.

d)    Pertence a Cristo Gl.5.24.

        II.          O CRUCIFICADO NÃO TOCA SEUS PÉS NA TERRA

a)    Teologicamente, salvação é libertação com elevação Sl.40.1-3.

b)    Somos elevados às regiões celestiais em Cristo, pelo poder da ressurreição de Cristo Ef.2.6.

c)     Para o sábio, subir é melhor Pv.15.24; Sl.91.1.

d)    Paulo exortou os Colossenses a pensarem nas coisas de cima Cl.3.1,2.

      III.          O CRUCIFICADO NÃO PODE OLHAR PARA TRÁS

a)    Olhar para trás traduz retrocesso espiritual IIPe.2.22.

b)    A mulher de Ló ilustra bem este ponto Gn.17.19,26; Lc.17.32.

c)     O perigo de voltar atrás Hb.10.38.

d)    Olhemos para frente e para cima Hb.12.1,2; Lc.21.38.

      IV.          O CRUCIFICADO É LEVANTADO POR QUEM O CRUCIFICOU

a)    Os mesmos que crucificaram a Jesus, o elevaram Lc.23.38.

b)    As mesmas lutas e aflições que te machucam, te exaltarão no devido tempo Rm.5.2-5.

c)     José é um exemplo maravilhoso Gn.41.38-57.

Conclusão: A cruz de Cristo é a mensagem que devemos lembrar todos os dias, para morrer para o velho homem, para o mundo e viver para Deus.

 

REFERÊNCIAS

Shedd, Dr. Russell – BIBLIA SHEDD – VIDA NOVA

Haddon, Charles Spurgeon – SERMÕES SOBRE A PAIXÃO E MORTE DE CRISTO – PROJETO SPURGEON PREGANDO A CRISTO CRUCIFICADO

 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

A PROMESSA DE VIDA ABUNDANTE LIÇÃO 12 04 TRIMESTRE 2024

Introdução - Na sequência do estudo das promessas de Deus, estudaremos hoje a promessa da vida abundante. - Jesus nos prometeu dar vida em abundância.

IO QUE É A VIDA - Na sequência do estudo das promessas de Deus, estudaremos hoje a promessa da vida abundante. - Para entendermos o que é “vida abundante”, precisamos, por primeiro, falar do que é “vida”. - O Dicionário Michaelis diz que “vida” é “o conjunto de propriedades, atividades e funções (replicação, mutação, reprodução, entre outras) que caracterizam e distinguem um organismo vivo de um morto”. - A vida, portanto, é um conjunto de propriedades que permitem distinguir um organismo, que, por crescer, desenvolver-se, modificar-se e se reproduzir, mostra ter nele uma força, uma dádiva. - A primeira vez que a palavra “vida” surge na Versão Almeida Revista e Corrigida é em Gn.2:17, precisamente quando se está a descrever a criação do homem, quando se diz que Deus soprou nas narinas de Adão e lhe deu “fôlego de vida”. - A palavra hebraica aqui é “hay” (חי(,” substantivo feminino que significa um ser vivente, um animal, uma fera, uma alma vivente. O sentido básico é seres viventes…” (Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Dicionário do Antigo Testamento, verbete 2416, p.1634). - Elucidativo que o termo surja em referência ao homem, a nos mostrar que a vida atinge sua plenitude no ser humano que, a um só tempo, é um ser espiritual e material, o que o distingue de todos os demais seres, que, ou só são espirituais (Deus e os anjos) ou só materiais (animais, vegetais e minerais). - A referência, ademais, faz-se, por primeiro, em relação à vida espiritual, pois o “fôlego de vida” não é o oxigênio, mas, sim, o próprio espírito que Deus faz exsurgir naquele boneco de barro, a nos revelar, também, que a vida humana não é meramente biológica, mas, sim, algo que transcende a esta matéria, algo que se une à matéria para gerar um ser todo especial. - Também o texto revela que a vida tem origem em Deus. Foi Deus quem soprou nas narinas daquele boneco de barro, a nos demonstrar que Deus é a vida. Aliás, não por acaso, ao iniciar a sua revelação de Cristo Jesus como Filho de Deus, o evangelista João tenha dito que em Jesus estava a vida e a vida era a luz dos homens (Jo.1:4), o que é repetido pelo próprio Senhor, quando disse ser Ele a vida (Jo.14:6). - Em ambos os textos, João se utiliza da palavra “dzoé” (ζωή), “… com o sentido de existência, vida, em um sentido absoluto e sem fim (…) vida abençoada, vida que satisfaz (…) vida eterna…” (Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Dicionário do Novo Testamento, verbete 2222, p.2225). - Notamos, portanto, que a vida aqui é, primacialmente, a vida espiritual, a existência eterna, o que nos permite verificar que somente se tem esta vida quando há a ligação entre Deus, que é a vida, o ser Autoexistente (por isso mesmo, apresenta-se para Moisés no monte Horebe como “Eu sou o que sou” – Ex.3:14), expressão que Cristo Se deu a Si mesmo, no evangelho segundo João, algumas vezes (Jo.6:35,48,51; 8:12,18,23,24,58; Jo.10:7,9,11; 11:25; 12:46; 13:19; 14:6; 15:1,5; 18:37), e o homem. - Vida, portanto, significa esta comunhão entre Deus e o homem, comunhão esta que permite ao homem ser o que o Senhor quer que ele seja, a saber, Sua imagem e semelhança, com poder de domínio sobre a criação terrena (Gn.1:26-28). - Isto é distinto da vida meramente biológica, que também foi dada ao homem, mas não somente a ele, mas também a animais e vegetais, que é a palavra grega “bios” (βίος), “…o estado presente da existência (…) a vida presente…” (Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Dicionário do Novo Testamento, verbete 979, p.2115). - Esta vida biológica recebeu um término quando da entrada do pecado no mundo, porquanto o Senhor, entre os castigos dados por causa da queda, estabeleceu a morte física, que seria a separação entre o corpo e o homem interior, pois o pó deveria tornar à terra de onde fora tomado (Gn.3:19). - Ao ser criado, embora fosse um ser mortal (Sl.8:4), o homem, por causa de sua vida espiritual, tinha condições de se manter em plena vida biológica ao longo dos anos, sem qualquer corrupção. Sua comunhão com o Criador permitia-lhe ter pleno acesso à árvore da vida e fazer com que o homem exterior se mantivesse tão novo e vigoroso quando de seu surgimento. - A morte, a exemplo da vida, não era algo meramente biológico. Quando o Senhor dá a ordem ao primeiro casal para que não comessem da árvore da ciência do bem e do mal senão eles haveriam de morrer (Gn.2:16,17), não estava Se referindo à morte física, que só é anunciada após a queda como resultado do pecado, mas, sim, à morte espiritual, esta separação entre Deus e o homem, que já é experimentada no dia mesmo da queda, quando o casal se esconde quando da chegada do Senhor ao jardim do Éden (Gn.3:8). - Vida é esta comunhão, esta união querida e construída por Deus em relação ao homem e a vida eterna trazida por Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo nada mais é que o restabelecimento desta situação rompida pelo pecado, tanto que o que se destaca no Estado Eterno nada mais é que o fato de que homem e Deus estarão a coabitar para todo o sempre (Ap.21:1-3). - É essa a proposta divina para a humanidade. Ao Se revelar a Israel e fazê-lo Sua propriedade peculiar dentre os povos (Ex.19:5,6), o Senhor disse que propunha aos israelitas a vida e o bem (Dt.30:15). - E o que era a vida e o bem? A Palavra de Deus, à época, a lei (Dt.30:11-14), que havia sido dada ao povo por meio de Moisés (Jo.1:17), que era a figura das realidades espirituais (Hb.10:1), plenamente reveladas e cumpridas por Jesus (Jo.1:17; Mt.5:17). - A Palavra de Deus é a vida, porque a Palavra de Deus é o Verbo Divino (Jo.1:1,14), que é Jesus Cristo. Por isso, o Senhor disse ter vindo para trazer vida (Jo.10:10).

 IIA VIDA ABUNDANTE A promessa de vida para a humanidade foi dada no exato instante em que se revelou o plano da salvação. Ao dizer que poria inimizade entre a humanidade e o diabo, Deus estava a dizer que restabeleceria a comunhão com o homem, ou seja, haveria novamente vida, já que, com a queda, havia se iniciado o “império da morte” sob o comando de Satanás (Hb.2:14). - Entretanto, o Senhor Jesus nos mostra que Deus não apenas prometeu a vida, e vida eterna, mas, também, vida abundante: “…Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância” (Jo.10:10b). - Temos, aqui, pois, uma outra promessa que não se confunde com a promessa da salvação. Cristo promete nos uma vida abundante, um patamar acima da vida trazida pela Sua obra salvífica. - “…Apocalipse 11.1 afirma: “E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara: e chegou o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram”. Essa expressão subtende níveis de vida espiritual. Deus deseja que vivamos uma vida cristã abundante (Jo 10.10; 7.38,39; Ef 5.18-21). Ezequiel 47.5 fala das águas que “eram profundas; águas que se deviam passar a nado; ribeiro pelo qual não se podia passar”. Deus quer que cheguemos a esse nível em nossa vida espiritual. Ele deseja que vivamos uma vida cristã abundante, profunda, frutífera, vitoriosa em Cristo. (…) em Hebreus 6.9, lemos que a salvação traz consigo muitas riquezas. O escritor bíblico fala de “coisas que acompanham a salvação”. Há bênçãos de Deus contínuas para aqueles que estão em Cristo.…” (GILBERTO, Antonio. Vida cristã abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2020. e-book, p.4). - Jesus fala-nos desta promessa quando está a Se identificar aos judeus como sendo “a porta das ovelhas”, quando está a Se apresentar como sendo o Bom Pastor. - Jesus estava a Se distinguir dos falsos messias que, particularmente, haviam aparecido com certa intensidade no chamado período intertestamentário, o período que vai desde o profeta Malaquias até João Batista. - Neste período, o Senhor não levantou profeta algum em Israel e, como diz Salomão, não havendo profecia, o povo se corrompe (Pv.29:18). - Sem a direção divina e ante o aumento da expectativa pela vinda do Messias, decorrente da própria circunstância de uma duradoura e cruel servidão sob povos estrangeiros (Ne.9:36,37), passaram a surgir lideranças que se diziam messiânicas ou preparadoras da vinda do Messias (Cf. At.5:35-39). - Aliás, essa profusão de falsos messias ou falsos preparadores do Messias continuaria mesmo após o ministério de Jesus Cristo e seria um dos fatores principais para a destruição do templo em Jerusalém no ano 70, resultado direto do triunfo político dos zelotes, que defendiam a insurreição contra os romanos como uma atitude que provocaria o surgimento do Messias, ou, mesmo, da expulsão final dos judeus da terra de Israel, no ano 135, quando assume o comando dos judeus, “Bar Kochba”, que se intitulava como sendo o Messias. - Cristo, porém, adverte os judeus de que todos quantos haviam surgido antes d’Ele eram “ladrões e salteadores”, mas Ele era o verdadeiro Messias, “a porta das ovelhas”, que teria comunicação direta com o homem, que ouviriam a Sua voz e teriam intimidade com Ele. - Cristo Jesus disse que Suas ovelhas, que não seriam apenas judeus, mas também gentios (Jo.10:16), entrariam no Seu aprisco, alcançando a salvação, mas, também, achariam pastagens (Jo.10:9). - Já por esta circunstância, notamos que a promessa da vida abundante é uma promessa “nacional”, ou seja, dirigida à Igreja, porquanto a vida abundante somente se encontra se a pessoa entrar por Cristo, a porta das ovelhas. - Portanto, as pastagens somente estão disponíveis para quem pertence ao rebanho do Senhor, que é a Igreja (Jo.10:16), este povo surgido da ação purificadora do sangue de Jesus, que derrubou a parede de separação entre judeus e gentios e que fez com que pudéssemos nos aproximar de Deus e fazer parte dos concertos da promessa, podendo ter esperança e Deus neste mundo (Ef.2:11-18). - Simultaneamente, observamos que a promessa da vida abundante é uma promessa condicional, pois somente acharão pastagens aqueles que entrarem por Cristo e alcançarem a salvação. É preciso estar em Cristo para se ter vida abundante. - A vida abundante é mais do que a comunhão, porque a comunhão se obtém quando se entra no aprisco, mas, uma vez no aprisco, diz Nosso Senhor que as ovelhas encontrariam pastagens. - Esta afirmação do Senhor Jesus remete-nos ao Salmo 23, o salmo do pastor, escrito por Davi. Ali, Davi, que era pastor de ovelhas de profissão, diz, logo de início, que o seu pastor é o Senhor e que nada lhe faltaria (Sl.23:1). - Notamos, aqui, portanto, que a vida abundante tem como característica primeira, a completude, ou seja, a inexistência de qualquer falta, qualquer lacuna. - A expressão “nada me faltará”, por vezes, traz-nos a impressão de que o Senhor não permitirá que tenhamos quaisquer necessidades, que tudo está à nossa disposição, e, neste pensamento, muitos, inclusive, pensam no sentido material, confundindo esta afirmação com a promessa da provisão. - No entanto, se bem formos verificar o texto bíblico, vemos que o significado não é este, mas que a completude é resultado da própria presença do Senhor. Ele, Deus, não nos falta, como, aliás, consta na Versão di Nelson: “O Senhor é o meu pastor e não me faltará”. - Como diz o pastor Aldery Nelson Rocha: “…O Senhor é quem não nos falta. Mas quem não nos faltará, jamais, é Ele, o Verbo, o supridor, a pessoa do Pastor, e não aquilo que Ele nos oferece. Nas necessidades sensoriais, psíquicas e espirituais, Ele não nos faltará e não nos decepcionará. Temos aqui a declaração da fidelidade do Pastor e da fé da ovelha.…” (Santa Bíblia Versão Di Nelson, p.1061). - A vida abundante é resultado da presença de Cristo em nós, de nossa integração com o Senhor. Paulo, aquele que as páginas do Novo Testamento apresentam como sendo a pessoa que mais se aproximou desta circunstância, traduz este estado ao dizer que não mais vivia mas Cristo vivia nele e a vida que vivia na carne naquele tempo vivia-a na fé do filho de Deus, o qual lhe havia amado e Se entregado a Si mesmo por ele (Gl.2:20). - Cristo é a vida e quando estamos completamente inseridos n’Ele e Ele em nós, naquela perfeita unidade que é o objetivo da obra salvífica (Jo.17:21-23), é evidente que passamos a ter uma vida em abundância, porque a própria vida não só está em nós como está a nos dirigir totalmente. - Isto faz-nos lembrar, inclusive, os ensinos advindos do hinduísmo e do budismo, segundo os quais, o máximo da evolução espiritual seria atingir o “Nirvana”, um estado de imperturbalidade, de término do sofrimento e da dor, que se entende como uma “absorção”, uma “abdução” na divindade. - Todavia, o ensino verdadeiro, advindo do texto bíblico, mostra que esta perfeita unidade e comunhão não retira, em absoluto, a individualidade de cada ser humano, que passa a ter não apenas uma serenidade, mas, sim, uma “vida abundante”, e vida, como já visto, não é uma extinção, uma inércia, mas, sim, uma interação cada vez mais crescente e gloriosa junto a Cristo, que é a vida. Aleluia! - O salmista prossegue dizendo que o Senhor faz-nos deitar em verdes pastos (Sl.23:2a). Esta afirmação traz-nos duas importantes lições a respeito da vida abundante. A primeira é a de que a vida abundante exige a obediência e a plena disposição da ovelha ao pastor. O Senhor nos faz deitar, ou seja, há o cumprimento da vontade divina. Estamos precisamente onde Ele quer que nós estejamos, vamos para lá voluntariamente, diante da ordem divina. - Não há vida sem obediência. A vida perdeu-se com a desobediência, pois esta traz a morte, como o próprio Deus alertara o primeiro casal (Gn.2:16,17). A vida abundante exige que atendamos às ordens do Senhor, e que nos deitemos quando Ele assim mandar. - A segunda lição é a de que o lugar onde Deus nos põe é de “verdes pastos”, ou seja, lugar em que podemos nos alimentar e, com a alimentação, termos condição de crescimento, desenvolvimento e produção. Onde Deus nos põe é sempre “verde pasto”, onde teremos plenas condições para glorificá-l’O. - Ao ser tentado pelo diabo no deserto, Jesus disse que o alimento de nosso homem interior é a Palavra de Deus (Mt.4:4; Lc.4:4). Assim, os “verdes pastos” são um lugar em que deve haver alimento, e alimento saudável, ou seja, a “palavra que procede da boca de Deus”. - “…Se queremos ter uma vida cristã abundante, devemos meditar na, obedecer a e viver a Sagrada Escritura. A Palavra de Deus é “lâmpada para os meus pés” (isto é, agora) e também “luz para o meu caminho” (isto é, minha vida em continuação) (Sl 119.105). Em Salmos 119.11, lemos que a Palavra de Deus nos guarda do pecado (e não no pecado). A Palavra de Deus “é viva e eficaz” (Hb 4.12). Ela é poderosa (Jr 23.29). Todo crente deve ler a Bíblia todos os dias se quer crescer em Deus (Dt 17.18,19; Js 1.7; Ne 8.18; Sl 1.2; At 17.11). O crente deve ter o conhecimento da Palavra de Deus (no seu intelecto) e o apego e obediência à Palavra (no seu coração) (Jo 8.32; Hb 8.10; Hb 10.16).…” (GILBERTO, Antonio, op.cit. p..4-5). - Para cumprir a Sua promessa de vida abundante, o Senhor sempre Se encarrega de nos deixar à disposição a Sua Palavra, como temos todos sido testemunhas durante toda a nossa jornada de fé, numa disseminação nunca antes vista em todo o planeta. Não há, na atualidade, como dizer que não se pode ter acesso à Palavra de Deus, mesmo nos lugares onde há imensa perseguição à pregação do Evangelho. - Não há vida abundante sem que se tenha a oitiva, o estudo e o cumprimento da Palavra de Deus. Não nos esqueçamos de que o Senhor Jesus, ao falar do aprisco, diz que por ele, entrarão e sairão ovelhas. Se é verdade que o Senhor não lançará fora qualquer ovelha que tenha entrado (Jo.6:37), bem como que ninguém poderá arrebatar Suas ovelhas de Sua mão (Jo.10:28), em lugar algum é dito que o Senhor impede a livre locomoção das ovelhas. - Assim, é de se lamentar que muitos, em nossos dias, têm deixado os verdes pastos em que o Senhor os fez deitar, e tem saído do aprisco, deixando de se alimentar, não ouvindo a Palavra, nela não meditando e muito menos a cumprindo. - Além de nos alimentarmos junto aos verdes pastos, neles temos descanso, estamos deitados, em situação de paz, outra promessa que acompanha a salvação e da qual desfrutamos. - Quando aprendemos com o Senhor Jesus, e as Escrituras são as Suas testemunhas (Jo.5:39), encontramos descanso para as nossas almas (Mt.11:29). Este é o nosso verdadeiro descanso, o nosso “verdadeiro sábado” e não um simples dia da semana. O nosso dia é “hoje” (Hb.4:7), pois a vida abundante nos traz um descanso permanente e duradouro. - O salmista continua dizendo que o Senhor o guia mansamente a águas tranquilas ou águas de descanso (Sl.23:2b). A direção do Senhor, como já temos visto, é um elemento indispensável para que tenhamos uma vida abundante. Precisamos ser guiados pelo Senhor e isto se dá quando temos comunhão com Ele, pois Ele mandou o Espírito Santo para que nos guiasse em toda verdade (Jo.16:13). - Esta direção é feita “mansamente”. Aqui temos a palavra hebraica “nahal” ( נחל(, ...” iniciar com uma fagulha, i.e., fluir, donde (transitivo) conduzir e, (por inferência) proteger, sustentar:— levar, sustentar, guiar, dar paz, levar, ir como guia, seguir guiando” (Bíblia Palavras-Chave. Dicionário do Antigo Testamento, verbete 5095, p.1790). - Pelo que se pode observar aqui, o Senhor está, desde o instante primeiro da nossa salvação, quando cremos n’Ele (a “fagulha inicial”), a nos levar, a nos dar paz, a nos levar como guia, a nos seguir guiando até que nos encontremos com o Senhor nos ares no dia do arrebatamento da Igreja. - É uma direção suave, em que nos deixamos levar pela Sua orientação. Faz-nos aqui recordar a manifestação divina a Elias, quando este estava numa caverna no monte Horebe. Apesar de ter havido forte vento, terremoto e fogo, o Senhor Se manifestou ao profeta como uma voz mansa e delicada (I Rs.19:11,12). - Muitos acham que a demonstração de comunhão com Deus, de uma elevada espiritualidade está vinculada ao barulho, ao espetáculo, mas o salmista nos ensina aqui que a vida abundante nos leva a um guiar manso do Senhor, que, na Sua voz mansa e delicada, orienta-nos o que devemos fazer para cumprir a Sua vontade. - Além de nos guiar mansamente, o destino são as “águas tranquilas” ou “águas de descanso”, ou seja, a ampla satisfação da sede espiritual. O Senhor, no último dia da festa dos tabernáculos, exclamou em alto e bom som: “…Se alguém tem sede, que venha a mim e beba” (Jo.7:39 “in fine”). - Ele disse à mulher samaritana que tinha a água da vida e quem dela bebesse jamais voltaria a ter sede, porque a água dada por Jesus faz jorrar uma fonte para a vida eterna (Jo.4:13,14). - Jesus é o único que pode saciar a sede de Deus (Sl.42:2; 143:6) e a vida abundante é esta situação de saciedade, de satisfação, oriunda de uma busca incessante do Senhor (Sl.63:1). - Por isso mesmo, a vida abundante não pode abrir mão da prática da oração, reforçada pelo jejum. - “…O crente deve perseverar em oração, sem desfalecer (Lc 18.1). 2) Se você é um santo do Senhor, então ore! (Sl 32.6). 3) Efésios 6.18 nos mostra como deve ser nossa vida de oração: a) Oremos sempre (“orando em todo o tempo”). b) Oremos diversamente. Há muitas formas de oração a Deus (“com toda oração e súplica”). c) Oremos “no Espírito”. Isto é, oremos através do Espírito Santo. Em outras palavras: não se consegue, sozinho, orar mesmo. Orar mesmo, só com a ajuda e a agência do Espírito Santo dentro de nós (Rm 8.26,27; Jd v20). d) Oremos vigiando (“e vigiando nisto”). Isto é, oremos em estado de alerta espiritual, porque há um Diabo contra a oração, e contra quem ora. e) Oremos com perseverança, sempre continuando (“com toda a perseverança e súplica”). f) Oremos com amor, sem discriminação; oremos até mesmo pelos nossos oponentes (“por todos os santos”). (…) a) Salmos 88.9: “Tenho clamado a Ti todo o dia”. b) Disse Jesus “quando orares”, e não “se orares” (Mt 6.6). c) Disse Jesus “quando jejuares”, e não “se jejuares” (Mt 6.12).…” (GILBERTO, Antônio. op.cit., p.5). - O salmista prossegue dizendo que o Bom Pastor refrigera a alma da ovelha (Sl.23:3a). A palavra hebraica aqui é “shub” (שןב(, cujo significado é de “voltar, retornar, converter, mudar de direção”. - A vida abundante é o resultado de uma mudança de direção, ou seja, em vez de se distanciar cada vez mais de Deus, porquanto um abismo chama outro abismo (Sl.42:7), agora nos estamos sempre a nos aproximar cada vez mais do Senhor (Tg.4:8a), a crescer espiritualmente, porque estamos em contínua e ininterrupta santificação (Ap.22:11). A vida abundante é a caminhada rumo a perfeição, perfeição esta que será alcançada, se estivermos servindo assim, quando o Senhor arrebatar a Sua Igreja. - Eis o motivo pelo qual, na vida abundante, a ação do Espírito Santo vai cada vez mais se intensificando no servo de Jesus Cristo. - “… O Espírito Santo age na conversão do pecador e na vida cristã subsequente (Jo 3.3-8; 16.8-11; 14.16,17,20; Rm 8 [todo]; 1Jo 4.1). b) O batismo com o Espírito Santo (Lc 24.49; At 1.5; 2.1-4,38; 10.44-46; 19.2-7). c) Os dons do Espírito Santo (1Co 12.1- 11,28-31; 14 [o capítulo todo]; Rm 12.6-8). d) A vida do crente é sempre avivada e renovada no Espírito Santo (2Co 4.16; Tt 3.5; Ef 5.18-21). 2 Timóteo 1.6 afirma “que despertes”. No grego, é “ana/zoo/pireo”, que é “reaviva em ti o fogo do Alto".…” (GILBERTO, Antônio. op.cit.,, p.6). - Este refrigério, trazido pela presença do Senhor em nós diante da nossa salvação (At.3:19), é um “reavivamento, uma “recuperação de fôlego” como aponta a palavra grega “anapsyksis” (άνάψυξις) (Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Dicionário do Novo Testamento, verbete 403, p.2065). - Assim, no início da salvação, “recuperamos o fôlego de vida”, isto é, nosso espírito é vivificado e voltamos a ter comunhão com o Senhor e, a partir de então, iniciamos uma jornada de contínua aproximação, e como diz conhecido hino, “a cada passo que eu dou na vida é um degrau a mais que subo ao céu”. - Esta é a vida abundante, consequência da nossa subida, degrau a degrau, rumo ao céu. Daí porque ter ela, necessariamente, de ser seguida pelo batismo com o Espírito Santo e com a concessão dos dons espirituais. - Este refrigério, trazido pela presença do Senhor em nós diante da nossa salvação (At.3:19), é um “reavivamento, uma “recuperação de fôlego” como aponta a palavra grega “anapsyksis” (άνάψυξις) (Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Dicionário do Novo Testamento, verbete 403, p.2065). - Assim, no início da salvação, “recuperamos o fôlego de vida”, isto é, nosso espírito é vivificado e voltamos a ter comunhão com o Senhor e, a partir de então, iniciamos uma jornada de contínua aproximação, e como diz conhecido hino, “a cada passo que eu dou na vida é um degrau a mais que subo ao céu”. - Esta é a vida abundante, consequência da nossa subida, degrau a degrau, rumo ao céu. Daí porque ter a salvação, necessariamente, de ser seguida pelo batismo com o Espírito Santo e com a concessão dos dons espirituais, para que, além de sermos cumpridores da Palavra de Deus, verdadeiras cartas de Cristo (II Co.3:3), também possamos confirmar esta Palavra com demonstração do poder e do Espírito (I Co.2:4). - O salmista diz também que o Senhor o guia pelas veredas da justiça por amor do Seu nome (Sl.23:3b). - A vida abundante faz-nos prosseguir pelo caminho apertado, iniciado pela porta estreita, e que nos leva à salvação (Mt.7:13,14). - Essa é a carreira que nos está proposta, onde devemos deixar o embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia, olhar para Jesus, autor e consumador da nossa fé, suportando a cruz, desprezando a afronta, suportando as contradições dos pecadores contra nós, resistindo até o sangue no combate ao pecado (Hb.12:1-4). - A vida abundante não é, em absoluto, como se pode verificar, uma vida sem dificuldades ou percalços. O escritor aos hebreus diz que há embaraço, pecado, cruz, afronta e contradições dos pecadores. - O salmista, também, segue nesta linha de raciocínio, ao dizer que, apesar de estar nos verdes pastos, junto a águas tranquilas, guiado pelas veredas da justiça, pode ter de enfrentar o vale da sombra da morte, e o fará sem temor, porque sabe que o Senhor está com ele (Sl.23:4). A vida abundante é esta companhia e presença do Senhor nos momentos de adversidades e de contradições, não a ausência de problemas, como têm ensinado falsos mestres, máxime os arautos das teologias da confissão positiva e da prosperidade. - Existem os inimigos e, diante deles, mantemos a nossa comunhão com o Senhor. O salmista fala disto ao dizer que o Senhor prepara uma mesa na presença dos inimigos (Sl.23:5). Evidentemente que os inimigos não se encontram na mesa, mas, apesar de eles existirem e quererem impedir a nossa vida abundante, o Senhor está comendo e bebendo conosco, ou seja, estamos em comunhão com Ele, pois a refeição é a figura bíblica da comunhão. - Enquanto os inimigos se levantam e tentam nos engolir vivos (Sl.124:1-5), o Senhor não só come e bebe conosco, como também unge a nossa cabeça com óleo (Sl.23:5), expressão que fala do cuidado do pastor com a saúde da ovelha, pois esta unção visa impedir que parasitas venham a tomar conta do corpo do animal, como também traz um refrescor, um lenitivo para toda a luta vivida contra os inimigos. - Além da unção da cabeça com óleo, o salmista diz que o seu cálice trasborda, a nos indicar a alegria completa e perfeita que temos por estarmos em comunhão com o Senhor (Sl.23:5). - A vida abundante completa-se com a certeza de que a bondade e a misericórdia do Senhor sempre nos seguirão e que alcançaremos a vida eterna, que é a sempiterna habitação na cidade celestial (Sl.23:6; Ap.21:3).

 IIIA PROMESSA DA VIDA ABUNDANTE - O Senhor Jesus prometeu-nos essa vida abundante (Jo.10:10). E, numa clara demonstração de que tinha ampla disposição para cumprir tal promessa, já no domingo da ressurreição, aparece aos discípulos, que, amedrontados se encontravam reunidos no cenáculo, para lhes dar a paz, o apostolado e o Espírito Santo (Jo.20:19-23). - Antes de ascender aos céus, mandou que os discípulos ficassem em Jerusalém até que fossem revestidos de poder (Lc.24:49), o que efetivamente aconteceu no dia de Pentecostes (At.2:1-4). - Jesus soprou sobre os discípulos para que eles recebessem o Espírito Santo (Jo.20:22), mas os discípulos tiveram de crer e de buscar em oração e súplicas o revestimento de poder (At.1:14). - Isto nos mostra, pois, com absoluta clareza, se a vida somente pode vir a nós por Jesus Cristo, a abundância de vida, o crescimento e desenvolvimento espirituais decorrentes do novo nascimento são uma tarefa conjunta do Senhor e de nós mesmos. - O Senhor cria amplas condições para que desfrutemos desta vida abundante, mas é necessário que venhamos a satisfazer os requisitos exigidos de nós para que alcancemos tal promessa. - Diz o poeta sacro traduzido/adaptado pelo pastor Paulo Leivas Macalão, no hino 374 da Harpa Cristã, que nós queremos ter vida abundante de pureza e de santidade para amarmos a Deus em verdade pela graça que Ele nos deu. - Ora, para que possamos ter esta vida de pureza e santidade, o Senhor põe à nossa disposição os meios de santificação, quais sejam, a Palavra de Deus (Jo.17:17), a oração, reforçada pelo jejum (I Tm.4:5), a participação digna na ceia do Senhor (I Co.11:26-30) e o temor de Deus (II Co.7:1). - Ninguém pode se escusar se não tiver uma santificação contínua e crescente (Ap.22:11), porquanto o Senhor tem concedido todas as condições para que nos apropriemos dos meios de santificaçãoO Senhor tem dado a Sua Palavra, que está disponível a todos nós, levantando ainda ministros para que a preguem e a ensinem aos Seus discípulos. - O Senhor tem nos ensinado a orar e podemos, então, orar e reforçar a oração com jejum incessantemente (Ef.6:18; I Ts.5:17; Mt.9:15). - Podemos participar dignamente da ceia do Senhor, já que o Senhor tem criado igrejas locais em que podemos congregar, mesmo nos países de cruel perseguição contra os cristãos, como é o caso, atualmente, da China, que, desde 2022, proibiu todo e qualquer local de reunião de religiosos a menos que tenham autorização estatal, autorização que exige que se ensinem os ditames da filosofia comunista que, obviamente, são contrários ao Evangelho. - Por fim, podemos temer a Deus, obedecendo à Sua Palavra, cumprindo-a, o que nos leva a purificação de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a nossa santificação (II Co.7:1). - Mas, na sequência do hino 374 da Harpa Cristã, o poeta diz que nós queremos ter vida abundante de amor que o Pai nos tem dado em Jesus, o Seu Filho amado, cuja vida por nós derramou. - Como diz o “apóstolo do amor”, qualquer que não pratica a justiça e não ama a seu irmão não é de Deus e devemos cumprir o mandamento de Cristo, que é o de nos amarmos uns aos outros (I Jo.3:10b,11; Jo.15:12). - Ora, a prática do amor é indispensável na vida de quem diz ser filho de Deus e o amor nada mais é que o fruto do Espírito (Gl.5:22), que é desdobrado em nove qualidades. Aliás, o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos é dado (Rm.5:5) e, como já vimos supra, ao dar o Espírito Santo aos discípulos no domingo da ressurreição, estava o Senhor, portanto, a derramar o Seu amor no coração dos Seus servos. - O amor divino é derramado em nossos corações, de modo que não podemos nos escusar se não manifestarmos este amor em nossas vidas. Tendo recebido este amor, devemos conservá-lo e aumentá-lo a cada instante, a cada dia, lembrando que tal amor é sofredor, benigno, não invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça mas folga com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (I Co.13:4- 7). - Precisamos ter a mesma conduta do apóstolo Paulo, que amava os coríntios cada vez mais, embora fosse por eles cada vez menos amado (II Co.12:15). - O poeta sacro, no hino 374 da Harpa Cristã, por fim, diz que nós queremos ter vida abundante de Jesus, a veraz fortaleza, que nos dá do perdão a certeza e nos enche de consolação. - A vida abundante traz-nos a certeza da salvação que, longe de ser uma manifestação de soberba e de uma autoconfiança de quem se considera alguém incondicionalmente predestinado para a salvação, é um incentivo e estímulo para a perseverança, pois sabemos que, como ensina o profeta Ezequiel, de nada vale uma vida de justiça se, no último instante de nossa peregrinação terrena ou no abrir e fechar de olhos do arrebatamento da Igreja, viermos a ser achados fora da comunhão com o Senhor (Ez.18:24). - A vida abundante, ao mesmo tempo que nos faz perceber que estamos espiritualmente de pé, também nos traz a necessária vigilância para que não venhamos a cair (I Co.10:12). - Por isso mesmo o poeta sacro diz que tal certeza advém da nossa constatação de que Jesus é a nossa veraz fortaleza, o que nos faz lembrar outra afirmação do apostolo dos gentios: “… Porque, quando estou fraco, então, sou forte.” (II Co.12:10 “in fine”). Ao termos consciência da nossa fraqueza e que a senda para a perfeição cristã depende exclusivamente d’Aquele que nos fortalece, aí, sim, temos plenas condições de obtermos o fortalecimento no Senhor e na força do Seu poder (Ef.6:10). - A vida abundante traz-nos a plenitude de consolação, que nada mais é que a plenitude do Consolador, do Espírito Santo. Devemos estar cheios do Espírito Santo e, para tanto, mister se faz que não só tenhamos uma vida de santificação, mas que busquemos o batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais. - O Senhor já nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo (Ef.1:3), mas se faz absolutamente necessário que façamos a nossa parte para que tais bênçãos, já prometidas, tornem-se realidade em nossas vidas. Temos feito isto?  

Colaboração para o Portal Escola Dominical – Pr. Caramuru Afonso Francisco

FONTE: PORTAL DA EBD

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

AS TRÊS MISSÕES DA IGREJA MT.28.19,20

Introdução: A igreja é chamada para ser enviada, para anunciar as virtudes daquele que a chamou das trevas para a luz. A  vocação missionaria é para todos os membros da igreja. 

A missão da Igreja pode ser enfatizada em três dimensões: salvar o perdido buscar o que se perdeu e cuidar, conservaro que oermanece salvo. vejamos estas três dimenssões.

1)   SALVAR O PERDIDO MT.28.19,20, IS.61.1-3, LC.10.1,2, JO.20.21, RM.10.13-15

1.1. Ide, ensinai Mt.28.19 Aonde devemos ir?

a)    Por todo mundo Mc.16.15

b)    Atrás das ovelhas perdidas Mt.10.6

c)     Pelas ruas e becos da cidade Lc.14.2

               2. 1. Ensinando Mt.28.20 O que devemos ensinar

a)    Ensinando a guardar todas as coisas que Ele ensinou Mt.28.20

b)    Ensinar e anunciar a Jesus Cristo At.5.42

2)   SALVAR O QUE SE PERDEU (DESVIOU-SE) LC.15, TG.5.19,20, GL.6.1, HB.5.2, IPD.4.8

a)    A ovelha que se desgarrou e se perdeu no deserto Lc.15.1-7 o pastor procurou até achar

b)    A dracma que se perdeu dentro de casa Lc.15.8-10 a mulher acendeu a candeia, varreu a casa e fez uma busca diligente, Tg.5.19,20

c)     O filho prodigo saiu de casa e se perdeu Lc.15.11-37 O filho prodigo caiu em si. O irmão do filho prodigo não teve nenhuma compaixão do irmão. IPd.4.8

3)   CONSERVAR O QUE PERMANECE SALVO AT.20.28, HB.3.13,14, HB.3.6, TT.1.6-9, IPD.4.10

a)    Os pastores são constituídos por Deus Ef.4.11,16, para o crescimento; com amor e responsabilidade.

b)    Para conservar os salvos se faz necessário a exortação Hb.3.13,14

c)     Precisamos ensinar a palavra de Deus como despenseiros da   palavra de Deus Rm.3.2.

Conclusão: Precisamos colocar em pratica estas coisas, por que senão somos hipócritas quando dizemos que somos uma igreja missionaria, porem uma igreja missionaria tem essas três missões: Salvar o perdido, buscar o que se perdeu, e cuidar dos que permanecem.

 

REFERÊNCIAS

SHEDD, Dr. Russell – BIBLIA SHEDD – Vida Nova

NUNES, Jesiel Gomes – BIBLIA PARA PREGADORES E LIDERES – Central Gospel 


sexta-feira, 15 de novembro de 2024

A PROMESSA DE UM CORAÇÃO NOVO LIÇÃO 07 04 TRIMESTRE DE 2024

 Introdução: Na sequência do estudo das promessas de Deus, estudaremos a promessa de um coração novo. Deus nos promete que, em Cristo, seremos uma nova criatura.

I – A CRIAÇÃO E O PECADO Na sequência do estudo das promessas de Deus, estudaremos a promessa de um coração novo.

Para bem analisarmos esta promessa, faz-se preciso reportar-nos à criação de todas as coisas. A narrativa da criação, no livro de Gênesis, mostra-nos que o homem foi posto como o administrador da criação terrena Gn.1.26-28.

Na condição de administrador da criação terrena, o homem foi feito o único ser que, simultaneamente, era material e espiritual. Enquanto Deus e os anjos eram espírito e o restante da criação terrena meramente material, o homem era corpo, alma e espírito.

O homem era, pois, o elo entre a criação terrena e o Criador, tendo, por isso mesmo, ao mesmo tempo que foi feita a criação natural, uma criação moral, com princípios éticos que deveriam ser observados pelo ser humano, enquanto mordomo, o servo principal da criação sobre a face da Terra.

O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus Gn.1.26 e tal circunstância significa que foi criado como um reflexo de Deus, ou seja, um ser dotado de espiritualidade, moralidade, santidade e domínio sobre a criação.

O homem foi formado “alma vivente” Gn.2.7 e, como tal, era sem pecado e reto Ec.7.29.

No entanto, ao pecar, esta imagem e semelhança de Deus foi deformada, pois o pecado retirou do homem a santidade e a sua natureza se modificou, corrompeu-se, degenerou, assim como ocorrera com o querubim ungido e os anjos que o seguiram em sua rebelião contra Deus na eternidade passada.

O querubim ungido que é descrito como “estrela da manhã, filha da alva” Is.14.12, numa alusão ao seu brilho decorrente da circunstância de refletir a glória divina, que era tido como “aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura” Ez.28.12, ao pecar, tornou-se um “renovo abominável, uma veste de mortos atravessados à espada, um que desce ao covil de pedras, corpo morto e pisado” Is.14.19,20, “cinza sobre a terra, consumido pelo fogo divino” Ez.28.18).

Com o homem, não foi diferente. Ao pecar, teve a imagem e semelhança de Deus deformada, o que costumamos denominar de “natureza decaída” ou “natureza adâmica”, uma vez que os descendentes de Adão são ditos serem da “imagem e semelhança de Adão” Gn.5.3).

Como diz a Declaração de Fé das Assembleias de Deus: “…Adão não foi criado impecável nem pecaminoso, mas, sim, perfeito: ‘Deus fez ao homem reto, mas ele buscou muitas invenções’ Ec.7.29. Deus dotou Adão do livre-arbítrio, com o qual ele era capaz tanto de obedecer quanto de desobedecer ao Criador Gn.2.16,17. Ele escolheu desobedecer a Deus, e a sua queda arruinou toda a humanidade, distanciando-a de Deus: ‘Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus’ Rm.3.23. A iniquidade de Adão, a qual nós chamamos de pecado original, contaminou toda a raça humana; em consequência disso, a humanidade tornou-se universal e totalmente degenerada, pois todos os seus descendentes nascem em pecado Rm.5.12; todos nascemos em transgressão Sl.51.5. …” (DFAD IX.4, pp.99-100).

Entretanto, se, na modificação da natureza do diabo e de seus anjos, a sentença divina foi a de lançamento no inferno, no mais profundo do abismo Is.14.16, a de perecimento fora do monte de Deus entre pedras afogueadas Ez.28.16, para surpresa do próprio Satanás, com o homem não houve tal sentença.

Fonte: PORTAL DA EBD.