DC. RAFAEL PESSANHA“Desigrejados” ou “dissidentes” são termos
modernos e populares utilizados pela comunidade cristã para definir um grupo de
cristãos que outrora eram frequentadores dos cultos ordinários e tradicionais
em templos, e, devido a influência virtual de alguns líderes anárquicos que,
pregam contra a existência de um templo, acabaram por se rebelar e decidiram
congregar em casa em vez de frequentar os templos religiosos, criando uma
espécie de “templofobia”. Geralmente essas pessoas se tornam amargas e acabam
se rebelando também contra o dízimo, contra a autoridade da liderança pastoral
e coisas do tipo. É compreensível que algumas pessoas carreguem consigo
decepções com certas lideranças avarentas que investem mais no prédio da
congregação do que nas vidas que estão lá dentro. Infelizmente vivemos numa
geração onde muitos pastores são “cães gulosos” interessados na “lã das
ovelhas”, em vez do Reino de D’US, e devido a isso acabam envergonhando o
Evangelho de Cristo e gerando revolta nos mais fracos, que, vão se afastar da
igreja, mas não irão conseguir se afastar da vida religiosa, da bíblia e de uma
rotina cristã, e como já era de se esperar, os que agora se encontram afastados
do convívio congregacional irão agora procurar argumentos bíblicos para
respaldar as suas novas ideologias. Tais ideologias são mais do que raciocínios
criados para justificar as suas frustrações com a religião, eles são na verdade
arrotos de arrogância e dores de sua alma ferida devido a experiência dolorosa
com a congregação. Ora, sabemos que todo bom crente já se decepcionou algum dia
com a sua liderança, afinal, qualquer convívio social ou comunitário, seja ele
religioso, acadêmico, profissional, familiar ou de qualquer outro nicho, irá gerar
problemas relacionais. O que não podemos fazer é deixar que a mágoa e a
decepção norteiem a nossa Teologia. O que não de acontecer de modo nenhum é
querermos fazer interpretações bíblicas com base em nossas feridas da alma,
afinal, mágoas, ressentimentos e decepções não são ferramentas exegéticas, por
isso, mesmo um bom exegeta, se estiver magoado pode ter as suas habilidades
prejudicadas, afinal, a tentação para torcer um texto e utilizar como arma
apontada para o líder que o magoou é muito grande, e infelizmente é isso que
temos assistido na internet e em outras plataformas. Os argumentos dos desagregados geralmente são:
1)
“D’US não habita em templos feitos por mãos de homens (At 7:48), por isso eu
congrego em casa e não em templos” Ora, esse argumento chega a ser cômico,
afinal, se o problema do templo é que ele foi construído por “mãos de homens”,
por que então o desigrejado congrega em casa? A sua casa porventura teria sido
construída pelo anjo Gabriel em vez de um pedreiro humano? Realmente não faz
sentido. Mas, para não ficar só na falta de lógica, vamos entender o que quer
dizer At 7:48. Segundo D. A. CARSON (2014, 710-711)16, o versículo não tem o
objetivo de reprovar a construção de um templo, mas de ressaltar a grandeza de
D’US em detrimento aos outros deuses cuja ação está ligada a questões locativas
e geográficas, enquanto nosso D’US é maior do que o templo em si, sendo um D’US
onipresente e não templo presente, até mesmo porque o povo de Israel tinha um
Templo que o próprio D’US apoiou e ordenou a sua construção (1 Cr 22:10; 28:6),
vejamos nas palavras de Carson:
“A ordem das palavras dá ênfase
ao “Altíssimo”, em comparação com outras divindades cultuadas no mundo antigo.
Esse título de Deus (usado especialmente por Lucas; mas tb. Mc 5.7; Hb 7.1)
reflete o uso veterotestamentário de Gênesis 14.18 em diante. O título não é
usado nesse contexto no AT, mas é apropriado para descrever Deus, que é
transcendente e não pode ser confinado a uma construção humana.”
2)
“Nem Jesus e nem os Apóstolos nunca mandaram construir templos, os pastores que
fazem isso estão errados, porque a bíblia manda “perseverar na doutrina de
Cristo e dos Apóstolos” (At 2:42)”. Bem, esse argumento carece de conhecimento
bíblico, pois temos algumas situações que nos ajudam a entender que Jesus já
tinha um organismo vivo, ativo e organizado para resolver as questões da
comunidade cristã, e a este organismo Jesus chama de “ekklesia” (igreja),
vejamos: “E, se não as escutar, dize-o à
igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e
publicano.” (Mt 18:17 ACF) Esta igreja
para muitos eram as casas dos próprios adeptos da fé, o que é justo pensar
assim, afinal, a igreja era algo bem embrionário no sentido sócio-econômico, e
ainda não tinha a liberação de Roma para comprar um espaço, pagar impostos e
funcionar como um templo atual funciona hoje com CNPJ. Com isso, algumas
pessoas intuem erradamente que Jesus e os Apóstolos eram contra o Templo, mas
não é isso que vemos nas Escrituras. Jesus ensinou nas sinagogas (Templo) em: ✓Mt 4:23 ✓Mt 9:35 ✓Mt 12:9 ✓Mt 13:54 ✓Mc 1:31 ✓Mc 1:39 ✓Mc 3:1 ✓Mc 6:2 ✓Lc 4:15 ✓Lc 4:20
A mulher pecadora que
derramou o nardo em Cristo (Mt 26:7-13), poderia ter pensado assim: Jamais irei
no culto de Jesus na Casa de Simão, o fariseu; pois certamente Simão vai me
matar por apedrejamento. Mas ela pensou assim: Eu vou no culto POR CAUSA DE
JESUS, vou chorar nos seus pés (me arrepender),
Ora, Jesus era contra o pecado, e por isso
nunca se aproximou dele, Jesus era contra a hipocrisia, e por isso não fazia
amizade com gente hipócrita, se Jesus fosse contra o Templo ele jamais teria
pregado tantas vezes dentro do Templo. Assim como Jesus jamais teria utilizado
o texto de Mt 16:18 e 18:17 para falar de “pedra”, “edificação” e “levar para a
igreja”, termos que tratam diretamente de construção de um espaço organizado
para fazer assembleias com objetivo de resoluções relacionais.
3)
“Não existia templos na época de Jesus e dos apóstolos, por isso não deve ter
templos em nossos dias” As vezes um sentimento de mágoa pode e muito prejudicar
a nossa capacidade de cognição, a ponto de alguém que, mesmo conhecendo a
bíblia e já tendo apoiado a congregação um dia, dizer que não existia IGREJA na
época de Jesus e os apóstolos, sendo que JOÃO escreve 7 cartas para
7 IGREJAS COM LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA ESPECÍFICA:
Em busca de um DESIGREJADO que não tinha tido problema com a liderança
1:
Éfeso (Ap 2:1)
2: Esmirna (Ap 2:8)
3:
Pérgamo (Ap 2:12)
4: Tiatira (Ap 2:18)
5: Sardes (Ap 3:1)
6:
Filadélfia (Ap 3:7)
7: Laodicéia (Ap 3:14)
Paulo escreveu 13 cartas que são
divididas em: - 7 IGREJAS: Roma, Corinto (2 cartas), Galácia (aqui tem 3
igrejas: Listra, Derbe e Icônio), Éfeso, Filipos, Colosso, Tessalônica (2
cartas). - 3 PESSOAIS: Timóteo (2 cartas), Tito e Filemon.
Certo dia perguntaram ao filho prodigo:
"Por que você continua dentro de casa, se seu irmão te rejeitou"?
o filho prodigo respondeu: "Porque meu pai me aceitou e me honrou, a aceitação do meu irmão é só questão dele se consertar com meu pai"!
você deve permanecer na casa porque seu pai te aceita e não porque seu irmão te rejeita... volte para casa de seu pai ELE TE AMA!.
ARTIGO ENVIADO POR: DC. RAFAEL PESSANHA